E então o destino me pregou uma peça. Sentia-me sozinha, triste, sem tem com quem conversar e sem alguém pra dividir o que eu sentia. Decidi que não iria mais atrás de ninguém, não mudaria mais nada. Apenas viveria sozinha e resolvi liberar minhas angustias apenas pro papel. Esqueci que ele não fala e não me ajuda em nada, apenas lê o que escrevo e aceita. Não era disso que eu estava precisando, precisava de alguém pra dizer que eu estava errada, que eu precisava mudar, que as coisas são bem assim.
Mas escrevi por dois ou três dias, até que não sei como alguém apareceu. Assim, como quem não quer nada. Só pra falar e conversar besteira. Às vezes, assuntos sérios. Outras vezes, só aquele despejo de pensamentos. Nem lembrava que não iria mais atrás de novos amigos. Conversei e achei que ficaria só ali, nada ia pra frente, como não estava mais indo. Que ideia boba a minha. Foi mais do que pra frente, agora está em todos os lugares. Na frente, atrás, de lado, do outro, em cima, em baixo.
E só agora percebi que a gente não faz amigos, a gente os encontra. E eles aparecem sempre quando você precisa deles. E é por essas provas que Deus me dá, que eu nunca desistirei. Vou continuar encontrando meus amigos. Seja bem-vinda, Mariana, e faça o favor de nunca ir embora.
Jessica
Jessica